O governo brasileiro tem demonstrado empenho na questão da igualdade de gêneros, principalmente através de políticas públicas rígidas contra a violência à mulher. Porém o poder legislativo já alcançou seu limite nessa questão, a solução do problema não está na criação de novas leis. Para reforçar a lei Maria da Penha, em vigor já há quase uma década, foi aprovada em março de 2015 a lei do feminicídio. Por meio dessas leis a mulher é amparada contra qualquer tipo de violência, desde as psicológicas – ameaças, perseguição, etc – até as físicas – agressão, estupro, morte – além disso a própria constituição já estabelece a igualdade entre os gêneros. Portanto a lei já é completa, porém a sociedade brasileira está fincada no patriarcado tradicional. O Brasil sempre foi comandado por homens. A herança portuguesa se manteve ao longo de toda nossa história, primeiro foram os imperadores, depois presidentes, os ditadores e os presidentes de novo, sempre “os”. Com a eleição da presidente Dilma o brasileiro está lidando com algo novo, que de certa forma vai contra a tradição, por isso é preciso tempo e esforço para que a mentalidade do cidadão comum assimile a igualdade estabelecida pela lei e os setores civis da sociedade se comportem de acordo. O foco então deve ser retirado da criação de novas leis e direcionado à mudança de mentalidade, Para isso é necessário a introdução séria do estudo da sociologia nas escolas e o desenvolvimento de campanhas de conscientização popular para veículos de comunicação em massa. Outra medida que auxiliaria nessa promoção da igualdade de gêneros seria dar subsídios a empresas que mostrem equilíbrio no número de homens e mulheres em seu quadro de funcionários.