Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Violência contra a mulher: o feminicídio no Brasil.

Redação enviada em 01/10/2016

Estatísticas revelam que três a cada cinco mulheres já foram vítimas de violência em um relacionamento e que cinquenta e seis por cento dos homens já cometeram algum tipo de violência, seja física, psicológica ou sexual contra um mulher. Dentre esses tipos, a violência psicológica já é a mais debatida nas redes sociais, com o intuito de preparar as vítimas para que saibam reconhecer quando estão vivendo um relacionamento abusivo. A problemática da violência de gênero não é simples: está muito bem enraizada na cultura do estupro, incentivada por uma sociedade misógina e patriarcal. A mulher "ganhou" o mercado de trabalho em comparação à sua anterior situação, mas não em relação em homem no mesmo ambiente. Ainda que seja um notável progresso social, o respeito às liberdades individuais femininas não cresceu em mesma escala. Só foi possível diminuir o número de feminicídios no país graças à Lei Maria da Penha. Mesmo assim, desde sua criação, esse número só caiu em dez por cento, o que ainda mantém a taxa do crime bem alta. Vale ressaltar que os impactos não são apenas emocionais e nem tão somente para as vítimas. Estudos recentes apontam que os gastos socioeconômicos são altíssimos para o Governo, com ouvidorias, por exemplo. Além do mais, há também um maior gasto com a saúde dessas vítimas. Era possível prever que doenças psíquicas seriam comuns e pessoas afetadas pelo crime. O que não se esperava era o enorme gasto com a saúde física dessas mesmas pessoas. Uma pesquisa realizada em Chicago ainda foi capaz de afirmar que, devido à falta de confiança e baixa autoestima que a violência reflete na mulher, aquelas violentadas recebiam em média quarenta e seis por cento a menos do que as que não sofreram com tal violência. Faz-se necessário que, às mulheres violentadas, seja disponibilizado acompanhamento individualizados com análise de pelo menos dois psicólogos e dois assistentes sociais, para que possam ser ouvidas opiniões profissionais divergentes antes de formar-se um parecer para cada caso, até que possa ser posto em prática o ideal da paridade de gêneros, fazendo cair por terra toda a cultura ditatorial e moralista que a tantos olhos ainda parece tão normal.