Quando os portugueses chegaram ao país que hoje se chama Brasil, em 1500, eles trouxeram consigo o patriarcalismo característico da sociedade europeia daquele tempo. Nesse contexto, ampliou-se, desde aquela época, a desigualdade de gênero e o desfavorecimento feminino perante os homens, o que contribuiu com a constante violência contra a mulher. No que tange o cenário político, econômico e social, destaca-se que o sexo masculino ainda leva uma significativa vantagem. No plano político, infere-se o pequeno número de parlamentares femininos, bem como o longo período para ser eleita a primeira presidente mulher – demorou 100 anos republicanos. No tocante ao meio econômico, vale colocar que as mulheres continuam menos favorecidas, uma vez que elas têm uma menor participação nos cargos de chefia e, quando ocupam tal posição, suas remunerações são menores que as dos homens. No âmbito social, pode-se dizer que com o advento da Lei Maria da Penha, por exemplo, as mulheres passaram a gozar de uma vida mais segura, visto que essa medida reduziu em 10% o feminicídio, segundo dados do governo federal. Nesse sentido e, no que diz respeito às consequências da desigualdade de gênero, coloca-se a incessante violência contra a mulher, praticada, principalmente, por parceiros íntimos. Nessa perspectiva, atribui-se ao machismo dos companheiros a principal causa de agressões físicas, psicológicas e morais ao sexo feminino, o que, infelizmente, intensifica o número de relatos de violência no Ligue 180. Assim e, por esse prisma, entende-se que as sete em dez mulheres que recorrem a esse recurso são nada menos que vítimas de parceiros machistas, os quais não aceitam a autonomia feminina, a qual cresce mesmo enfrentando uma sociedade de origens patriarcal. Portanto, infere-se que as razões da mulher continuar sendo agredida estão intrinsecamente ligadas ao machismo, ainda persistente na sociedade brasileira. Dessa forma, sugere-se que o governo continue criando ações afirmativas em favor da mulher, gerando mais oportunidades a elas através das leis de cotas. As famílias, por suas vezes, devem buscar ensinar, principalmente os meninos, a não se julgarem superiores que as mulheres. Conversar desde a infância é uma maneira de fazer isso. Observação: Essa foi a redação que fiz no ENEM (A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira). Se possível, eu gostaria de ser avaliado de acordo com essa proposta, para ter uma referência do meu desempenho. Nesse sentido, eu solicito uma rigorosa correção para não me animar muito, pois acredito que fugi do tema. Grande Abraço!