Título da redação:

O feminicídio no Brasil

Tema de redação: Violência contra a mulher: o feminicídio no Brasil.

Redação enviada em 21/10/2015

Acredita-se que o feminicídio no Brasil vem acontecendo frequentemente, mas desde a criação da Lei Maria da Penha em 2006, reduziu um índice de 10% a menos de homicídios domésticos. Estes crimes são geralmente cometidos por homens, principalmente parceiros e ex-parceiro, e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidações. Dentre o assunto feminicídio, temos como tópicos: feminicídio íntimo, feminicío não íntimo e feminicídio por conexão. O feminicidio íntimo são aqueles crimes cometidos por homens com os quais a vítima tem ou teve uma relação íntima, familiar, de convivência ou afins. Incluem os crimes cometidos por parceiros sexuais ou homens com quem tiveram outras relações interpessoais tais como maridos, companheiros, namorados, sejam em relações atuais ou passadas. O feminicídio não íntimo são aqueles cometidos por homens com os quais a vítima não tinha relações íntimas, familiares ou de convivência, mas com os quais havia uma relação de confiança, hierarquia ou amizade, tais como amigos ou colegas de trabalho, trabalhadores da saúde, empregadores. Os crimes classificados nesse grupo podem ser desagregados em dois subgrupos, segundo tenha ocorrido a prática de violência sexual ou não. O feminicidio por conexão são aqueles em que as mulheres foram assassinadas porque se encontravam na “linha de fogo” de um homem que tentava matar outra mulher, ou seja, são casos em que as mulheres adultas ou meninas tentam intervir para impedir a prática de um crime contra outra mulher e acabam morrendo. Independem do tipo de vínculo entre a vítima e o agressor, que podem inclusive ser desconhecidos. Constata-se que a discussão sobre o feminicídio ainda está se iniciando no Brasil, e há um longo caminho a ser percorrido, a começar pelo reconhecimento de que há desigualdade de gênero a ser combatida com ações direcionadas para mostrar o caráter coletivo desses crimes, e evitar seu esquecimento e banalização. A tendência dos meios de comunicação e até de algumas instituições governamentais é não dar destaque ao tema para não questionar os valores misóginos de uma sociedade patriarcal.