Assassinatos e violência cometidos contra a mulher brasileira tem por base a cultura da objetificação feminina, onde é sempre vista como figurante no cenário social. A lei Maria da Penha reforça culpa da cultura, que demonstra uma racionalidade animalizada por parte dos agressores e assassinos. A persistência da violência contra a população feminina no Brasil, calca-se numa cultura onde a mulher é vista como objeto de satisfação masculina. A violência é consequência de tal postura sociocultural, que pode ser fatal. A Lei Maria da Penha reforça culpa cultural, pois os agressores são um produto monstro da mesma e, sempre culpabilizam a vítima. Entre os anos de 1980 e 2010, o número de feminicídio passou de 1.353 cidadãs para 4.465, o que representa um aumento de 230%. A persistência da violência contra elas, indica uma mudança imediata de postura, pois em pleno século XXI, tal pensamento é perigoso e inaceitável. Vale ressaltar que mulheres de todas as camadas sociais e origens éticas sofrem violência, mas aquelas de origem mais humilde e negras, mais ainda. Em suma, vale ressaltar que a culpa é da sociedade como o todo e, o importante é que tal realidade pode ser transformada. O trabalho é conjunto e deve calcar-se na geração de debates e disseminação de informação, principalmente fazer parte das bases curriculares do ensino básico e médio do Brasil. A falta de informação mata, mas a aquisição da mesma pode ser crucial para mudar o paradigma que todas as mulheres enfrentam no Brasil, em maior o menor grau, mas enfrentam.