Uma pesquisa feita recentemente mostra o Brasil entre um dos dez países mais perigosos do mundo para mulheres, colocando em pauta um assunto que é frequentemente ignorado pela sociedade brasileira: a crescente violência contra a mulher no país. Dados alarmantes mostram que milhares de mulheres são assassinadas todos os anos, portanto, buscando diminuir a violência contra a mulher, o feminicídio foi incluído no Código Penal como um agravante nos casos de homicídio, e será utilizado quando a vítima for assassinada apenas por ser mulher. Muitos argumentam que tal medida é desnecessária, mas em uma sociedade que se recusa a enxergar a opressão sofrida por mulheres todos os dias, leis como essa são extremamente importantes, pois o primeiro passo para combater a violência contra a mulher é nomeá-la. A maior parte das mulheres que sofre violência doméstica e familiar sente medo de denunciar o agressor às autoridades por acreditar que ele pode se tornar ainda mais violento. Essa situação melhorou com a criação da Lei Maria da Penha, mas, ainda assim, muitas continuam não contactando a polícia por temerem por suas vidas, e grande parte desses casos tem um desfecho fatal, o que mostra a importância de leis como a que incluiu o feminicídio no Código Penal. A violência de gênero no Brasil apenas diminuirá através da adoção de medidas que protejam as vítimas de abuso e campanhas publicitárias que incentivem as mulheres a denunciar seus agressores, o que contribuirá para o surgimento de uma sociedade mais segura. Portanto, a violência de gênero é um mal crescente na sociedade brasileira que precisa ser combatido, e a lei contra o feminicídio certamente ajudará o país a ser considerado um destino seguro para mulheres no futuro, e a criação de mais medidas que protejam as vítimas de abuso apenas acelerará esse processo.