É possível afirmar que a persistência da violência contra a mulher ainda se faz presente na sociedade. Segundo dados divulgados pelo Mapa da Violência, uma pesquisa feita em 2012, nos últimos 30 anos, houve um aumento de 230% no número de vítimas de assassinato. Esses dados evidenciam não só uma grande ineficácia nas leis envolvendo esse tipo de crime, mas também o temor que elas sentem em denunciar seus agressores. Em uma primeira abordagem,é importante ressaltar que uma Lei como 'Maria da Penha', criada com o intuito de aumentar o rigor das punições contra crimes domésticos e punir homens que agridam fisicamente e psicologicamente uma mulher, foi um grande marco na sociedade em que estamos impostos, mas, ainda assim, se faz pouco eficaz. A ineficácia dessa Lei se deve a uma longa reincidência onde diversos casos não são arquivados, não havendo uma boa fiscalização por parte do sistema de segurança do Brasil para garantir a proteção delas. Em uma análise mais aprofundada,o temor que as vítimas sentem em expor o ocorrido se deve a uma dependência financeira ou fraternal em que estão inseridas.Essa dependência acontece porque boa parte delas não tem condições de se estruturar no mercado de trabalho ,além de, muitas vezes terem de cuidar de filhos e parentes. Isso comprova o que disse a filósofa Simone de Beauvoir "É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta". Entende-se,portanto,que se faz contínua a persistência da violência contra a mulher em decorrência da ineficácia nas leis e do temor que as cercam. Um bom caminho para a erradicação da problemática, seria a elaboração de Políticas públicas e socias, feitas pelo Estado, para que se tornem mais efetivas no sentido de dar maior proteção às mulheres, e também tornar inafiançável práticas como essa. Ademais,é necessário que a mídia esteja a disposição para a criação de campanhas que incentivem as denúncias e também sejam de fácil acesso, com abrangência nacional.