Título da redação:

Agressão contra a mulher: a mácula de rastilho histórico

Tema de redação: Violência contra a mulher: o feminicídio no Brasil.

Redação enviada em 17/03/2018

Segundo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, publicada em 1948, todos nascem livres e iguais em dignidades e direitos. Todavia, no Brasil, quando considerado o percentual de feminicídio, percebe-se uma negligência, no que tange a isonomia inerente aos cidadãos. Nesse sentido, convém analisar as circunstâncias que motivam essa realidade, bem como seus efeitos precípuos. Cabe pontuar, em um primeiro plano, que a violência contra a mulher advém de provectos fatores históricos. No período colonial, tinha-se uma sociedade patriarcal, na qual a representação e o poder estavam centrados nas mãos do patriarca da família, e a figura feminina apresentava-se como secundária na hierarquia social. Diante disso, é inegável que a perpetuação de uma visão machista, somada a não aceitação da independência feminina, operam como motivadores para a agressão contra a mulher. Dessa forma, vê-se a necessidade da busca pelo equilíbrio. Vale ressaltar, em uma análise mais detalhada, o medo como contribuinte para o óbito da vítima. Um infográfico mostrado pelo site “Brasil de fato” revela que 40% dos homicídios de mulheres, em 2015, ocorreram dentro de suas próprias casas – pelos atuais ou ex-companheiros. Dessa forma, é possível inferir que, em decorrência das ameaças feitas por alguém pertencente à família, a denúncia é obstaculizada, e os ataques perduram. Fica clara, portanto, a imprescindibilidade de medidas que solucionem o imbróglio. Nessa perspectiva, e mediante ideário aristotélico de que a política deve ser exercida de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade, é imperioso que o Ministério da Educação promova palestras nas escolas, com profissionais capacitados nas áreas jurídica e social, a fim de conscientizar os jovens acerca do princípio da igualdade de gêneros e da lei do feminicídio. Além disso, cabe ao Poder Executivo a criação de ouvidorias anônimas de denúncias pertinentes à violência contra a mulher, com vistas a incentivar as vítimas a evidenciarem quaisquer tipos de ameças. Só assim, com a aplicação de mecanismos exitosos, caminhar-se-á para o alcance do equilíbrio proposto por Aristóteles.