Título da redação:

A vida de uma mulher nas mãos de um homem

Proposta: Violência contra a mulher: o feminicídio no Brasil.

Redação enviada em 31/08/2017

Com uma taxa de 4,8 assassinatos em 100 mil mulheres, o Brasil está entre os países com maior índice de homicídios femininos: ocupa a quinta posição em um ranking de 83 nações, segundo dados do Mapa da Violência. O Feminicídio é o assassinato de uma mulher pela simples condição de ser mulher. Motivos? Sentimento de Ódio, desprezo, posse sobre as mulheres, comuns em sociedades patriarcais, como é o caso brasileiro. Os números assustam, mas a realidade pode ser ainda pior, pois o feminicídio ainda conta com poucas estatísticas que apontem sua real dimensão no País. Todavia, o que mais preocupa as autoridades é que diferentemente de outros países da América Latina, em que as mulheres são violentadas por gangues ou desconhecidos, no Brasil, uma parcela significativa desses homicídios é praticada por alguém que manteve ou mantém uma relação de afeto com a vítima, geralmente companheiros ou ex- companheiros. Prova disso, é a grande maioria dos casos de estupro contra as mulheres e meninas acontecer no espaço familiar. O feminicidio, no entanto, é a ultima instancia de um ciclo de violência que a pessoa já vinha sofrendo muito tempo antes, tais como abusos verbais, físicos e sexuais, diversas formas de mutilação e de barbárie, tortura psicológica. Isso leva a mulher a querer encerrar o relacionamento, mas o homem não aceita, e embora já exista a lei que assegura punição mais grave para os que cometem crime contra a vida feminina, o marido prefere tirar a vida de sua companheira do que ser ´ largado`. Contudo, por ser frequentemente precedido por outras formas de violência, muitas vezes, o feminicídio pode ser evitado. É necessário que a mulher denuncie seu agressor, pois a Lei Maria da Penha garante proteção à Elas e meios de coibir o problema. É responsabilidade do Estado implementar os serviços que a Lei Maria da Penha propõe, dentre elas: políticas de educação, assistência social, defensorias das mulheres, casas de abrigo, serviços de atenção psicossocial, e acima de tudo, justiça. A sociedade em geral deve reconhecer a gravidade da violência contra as mulheres e suas raízes discriminatórias, e mobilizar-se por meio de passeatas, protestos, mídia a fim de intimidar opressores e incentivar à denuncia. Só assim, o histórico de violência feminina pode ser mudado no Brasil,e cada vez mais mulheres poderão exercer o seu direito à vida.