Título da redação:

A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Proposta: Violência contra a mulher: o feminicídio no Brasil.

Redação enviada em 26/10/2015

De acordo com informações divulgadas pela revista Isto é, mais de 330 mil casos envolvendo a violência contra a mulher foram relatados no período entre 2006 e 2011, após a criação da Lei Maria da Penha. Esses dados demonstram que, embora a lei tenha sido criada para combater atos vinculados ao feminicídio, ainda existem fatores na sociedade os quais possibilitam a existência desse crime, e estes devem ser combatidos. Em primeiro lugar, é necessário entender que a violência contra a mulher brasileira possui causas históricas. Isso é observado, pois o modelo da sociedade brasileira patriarcal persistiu até meados do século XX. Esse modelo tinha como figura centralizadora o homem e, então, as mulheres não possuiam direitos. Com isso, surgiu-se uma disparidade de gêneros difícil de ser combatida, devido à questão cultural fortemente difundida no país. Logo, quando uma mulher reagia a esses sistema patriarcal, muitas vezes, ela era agredida sem um amparo do Estado e da sociedade. Em segundo lugar, vale destacar a realidade feminina atual, em consequência desse passado negativo. A mulher brasileira ainda é vítima de resquícios desse pensamento patriarcal, já que ainda é visto, na sociedade, pessoas sendo contra a intervenção de terceiros em brigas de casais heterossexuais. Por conseguinte, surge uma banalização dos crimes contra o gênero feminino, uma vez que essa prática diminui as ações de denúncias, gerando uma sensação de impunidade para o agressor. Assim, há uma continuidade da desigualdade de gêneros - inclusive no mercado de trabalho, em que, ilegalmente, algumas mulheres recebem menos do que os homens - e da prática dessa violência. Portanto, é dever da mídia televisiva e do Estado, em parceria, intervirem nesse cenário. As redes de televisão nacionais podem realizar reportagens as quais divulguem para a sociedade os direitos femininos; além de divulgar, com mais frequência, números para a denúncia desses crimes. Além disso, elas podem auxiliar o Estado na fiscalização desses crimes, por meio de um jornalismo investigativo. Já o Estado pode fornecer mais verbas para o setor judiciário, de modo a tornar os processos mais rápidos, combatendo a sensação de impunidade.