O Brasil, juntamente com outros países da América Latina, compõe a lista das nações com os maiores registros de violência à mulher, segundo dados estatísticos da Organização das Nações Unidas. A repercussão da Lei da Maria da Penha impulsionou o surgimento de outra modalidade de crime, denominada como feminícidio. Embora tais leis representem o avanço do país, é importante destacar que, historicamente, a sociedade brasileira é patriarcal. A desigualdade de gênero no país está presente até os dias atuais e precisa ser combatida. A condição de inferioridade da mulher no Brasil é notória ao longo da história. O tardio direito ao voto bem como a atribuição às tarefas domestica são alguns fatos que contribuíram para o contraste social entre homens e mulheres. Além disso, vale ressaltar que os crimes registrados nas modalidades da Lei Maria da Penha e do feminícidio revelam a condição de dependência das mulheres em relação aos seus companheiros, uma vez que são eles, na maioria das vezes, os seus agressores. O feminícidio e outras formas de violência contra a mulher, portanto, tem origens históricas e que ainda permanecem enraizadas na cultura do país. Aliada a divulgação e a aplicação das leis de proteção à mulher, o governo deve promover a sua independência pessoal. Por meio de parcerias com empresas privadas, os governantes devem estimular a entrada de mulheres no mercado de trabalho. Os veículos de comunicação devem trabalhar com a conscientização da população a respeito dos direitos das mulheres em suas programações, com o propósito de amenizar a cultura sexista do país.