Título da redação:

Trotes universitários: brincadeira ou humilhação?

Proposta: Trotes universitários

Redação enviada em 21/05/2015

Na Idade Média, ou "Idade das Trevas", nascem as primeiras universidades da Europa. No entanto, ao passo que surgem os centros de estudo, surge um "ritual de passagem" do colegial para a universidade. Este, por sua vez, traz como consequências: medo, insegurança e humilhação. A priori, esse ato medieval de recepção aos calouros, muitas vezes é visto como a criação de uma relação veterano-calouro. Muitos jovens submetem-se à participação de trotes por medo de serem excluídos, ou rejeitados pelos seus "companheiros" universitários, além da conformidade em poder fazer o mesmo com os próximos ingressantes. Paradoxalmente, é visível a falta de respeito pelos novatos, os quais geralmente são obrigados a ingerir bebidas alcoólicas, cortar seus cabelos, pancadarias, entre outros atos depredadores e descontrolados. Em decorrência disso, torna-se notório o caso da jovem Nathália de Souza, que teve em suas pernas queimaduras de terceiro grau, após ser atingida por um ácido jogado por veteranos. Para a antropóloga da USP, Heloísa Buarque, é difícil encontrar culpados. Alguns dos casos que aparecem recentemente, estão presentes em muitas universidades. Segundo ela, são rituais estabelecidos e naturalizados. Ademais, tendo em vista a situação e o modo como os novatos são recebidos, é necessária uma modificação ideológica e comportamental. Logo, percebe-se que os trotes são, na maioria das vezes, "brincadeiras" que levam à humilhação. Para amenizar, é necessária a crianção de uma legislação federal de proteção aos estudantes, como também a intervenção da universidade para trocar esse ato violento por atos solidários, como: doação de sangue, arrecadação de alimentos e a elaboração de gincanas, dando ao trote um lado positivo.