Entrar em uma universidade é um misto de novos sentimentos, de mudanças na vida do estudante, e também momento de enfrentar um ritual comum nos dias de hoje: o trote, um assunto que adentra cada vez mais na pauta da discussão da sociedade civil, acompanhado de um desejo: torna-lo oficialmente um crime, o que mostra subjetivamente , a maneira errônea como o brasileiro tem tentado resolver seus problemas do âmbito civil, sem um mínimo da perspicácia que as sociedades gregas tinham ao discutir suas questões nas ágoras (praças públicas)- a qual deu origem ao conceito de "fazer política" - As universidades, tem falhado na sua missão de fornecer um tipo de conteúdo, chamado conteúdo de consciência crítica. Elas tem aberto mão disso para assumir uma imagem de espaço agradável, uma espécie de clube, que segue parâmetros da grande mídia. Parte da população e das universidades, anseiam um decreto que extermine seus problemas, mas não desejam discutir práticas sociais e culturais. É evidente, a importância que alguns alunos dão a ter um auxílio de adaptação, um ritual de integração a algo que foi tão almejado e requiriu esforço para efetivar-se . Entretanto, toda e qualquer ação social e cultural está submetida a excessos. Os crimes recorrentes nesse tipo de movimento, encontram-se todos na legislação brasileira, e os únicos capazes de evita-los, são as instituições de ensino. Por esse motivo, é imprescindível que as universidades ofereçam palestras de auxílio aos calouros e que estejam a par de todas as atividades de boas-vindas praticadas em seu campus. Além disso, sempre deixar evidente seu posicionamento contra opressões e danos morais ou físicos através de panfletos e ações mais rigorosas na repreensão dos mesmos. Simultaneamente, a própria universidade pode está a frente da organização desse tipo de movimento, minimizando os problemas possíveis.