Título da redação:

Trotes: um gesto de amor e não de desrespeito com o próximo

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 03/05/2015

Após uma longa jornada de estudos para conseguir a aprovação nos vestibulares e no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), muitos dos novos universitários são expostos a uma cerimônia de boas vindas conhecidas também como trotes. Infelizmente, muitos desses são abusivos e geram efeitos negativos, a saber: a violência e os traumas psicológicos. Por querer zelar pela tradição o corpo discente não opta em acabar com esses rituais. Todos os anos, há casos de calouros que sofreram violência durante os trotes universitários. Isto ocorre por não haver uma fiscalização por parte das instituições de ensino. Com isso, os estudantes sofrem com as marcas deixadas que vão desde lesões corporais até abusos sexuais. No ano de 2015 uma aluna de pedagogia da Faculdade Adamantinense Integradas sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau após a participação da cerimônia de entrada. Por um querer se enturmar com outros calouros e com os veteranos, as pessoas muitas das vezes ficam com traumas psicológicos por causa de brincadeiras de mal gosto. Além de querer fazer amizades em alguns casos os veteranos obrigam a participação dos novos alunos. Em consequência disto, ficam com depressão ou abandonam o tão sonhado curso. Como ocorreu há alguns anos, um calouro de medicina da Famerp foi obrigado a beber urina do veterano e por isso largou o curso. Os reitores das faculdades deveriam instituir os trotes solidário e por pessoas para vigiar. Na Universidade Federal Fluminense há o trote cultural, onde os alunos se interagem com os veteranos mas fazendo ações solidárias como doar sangue, no entanto, continuam indo às ruas para pedir dinheiro. Segundo o exemplo da UFF e de outras universidades haveria a continuidade da tradição porém da forma que respeitasse os direitos humanos.