Os trotes universitários estão presentes em todas as Universidades do Brasil. Ele é um "ritual" de passagem dos calouros para ingressar na instituição. Normalmente são feitos no dia do resultado da aprovação, na hora da matrícula ou no primeiro dia de aula. Costumam ser brincadeiras "saudáveis" como: pintar o rosto, cortar o cabelo e se sujar. No entanto, em várias localidades eles se tornaram mais agressivos, ocorrendo episódios de extrema humilhação e danos à saúde do indivíduo. A pressão psicológica aos calouros, é um dos principais fatores que fazem eles "aceitarem" os trotes. Alguns alunos, que não aceitaram as ações vexaminosas, relatam que sofriam bullying durante o curso, e até problemas para conseguir vagas de emprego ou residencia médica, no término do curso. Ou seja, alguns calouros preferem passar pela retaliação dos veteranos no inicio do curso ao invés de sofrerem posteriormente, dentro da universidade. Como o que ocorreu a um estudante de uma Universidade Pública, o qual precisou trancar o curso de Medicina após desentendimentos na hora do trote, com os veteranos, os quais ainda faziam brincadeiras mesmos após as aulas começarem. Deitar no chão, levar socos, tapas, palmatórias e até ser envenenado com drogas, fazem parte de alguns dos trotes nas Universidades Brasileiras. A partir do momento que o trote vira uma imposição, sem a possibilidade do calouro querer participar ou não, passa a ser uma tortura. Tal ação deveria ser punida com rigor pela gestão das instituições e pela justiça, no entanto, pouco fazem para coibir esses atos, o que faz os veteranos sempre pratiquem essas ações. Pois, eles sabem que não serão punidos por isso, e também querem dar o "troco" pelo que sofreram ao entrar na instituição, gerando um ciclo vicioso interminável. Desse modo, percebe-se que medidas precisam ser tomadas para acabar com as humilhações aos calouros das milhares de Escolas Superiores do Brasil. Em primeiro lugar, o governo deve dar mais atenção as situações degradantes, as quais passam os novatos, agindo e punindo os agressores de acordo com a Lei. Além disso, as instituições devem reter os alunos que praticam esses atos, ou até expulsá-los da Universidade, de modo que sirva de exemplo para os futuros agressores. Por fim, devem existir campanhas de conscientização nos prédios das faculdades, a fim de expor a problemática dos trotes aos veteranos. Dessa forma, os novos alunos podem comemorar efetiva e alegremente a sua entrada no ensino superior.