Como de costume a passagem do ensino médio para o superior, os conhecidos trotes são muitas vezes esperados e aceitos pelos alunos. São brincadeiras que a início deveriam promover a socialização e integração; uma forma de fazer os calouros se sentirem bem-vindos. Contudo nem sempre tais brincadeiras têm um limite adequado, terminando por traumatizar e prejudicar aqueles que deveriam se sentir acolhidos. Naturalmente, quando se fala em trote, vem à mente novatos sendo obrigados por veteranos cruéis a executar os mais esdrúxulos e variados desafios, associado a isso, bebidas alcoólicas e em muitos casos entorpecentes. Essa visão é um fato real e mais comum do que se imagina, caracterizando um ciclo vicioso em que cada veterano pretende vingar-se pelo que já sofreu. Formo-se nas instituições de ensino superior grupos políticos que disputam o controle da situação, grupos estes que já atuavam no ensino fundamental e médio como praticantes do bullying, e agora se utilizam dessa deixa para promover mais terror e abusos. Provas desses ataques são as constantes denuncias feitas pelos estudantes as próprias universidades. A situação se tornou tão grave que em 2014 foi instaurada a CPI do Trote Universitário com a finalidade de apurar transgressões aos direitos humanos em uma dessas “brincadeiras”. Pensando na solução para tal problema as instituições promovem o chamado trote solidário, sendo essa uma boa alternativa para a interação dessas desses novatos, mas não se pode parar por aí, a divulgação do problema, e acima de tudo mudar e atualizar a nossa constituição para que atos de maldade como este não saiam impunes.