O trote universitário surgiu na idade média, como uma maneira de confraternização entre os novos estudantes e os veteranos; simbolicamente é tido como o marco inicial da vida acadêmica. Entretanto o que se vê, são atos violentos, humilhantes e até abusos sexuais. Com essa tradição arraigada nas universidades, estabeleceu-se uma cultura do silêncio, na qual as vítimas sofrem caladas e não denunciam o ocorrido. Em suma,é necessário uma ação para conter essas práticas abusivas que ferem os direitos humanos. No século XVIII, o trote foi introduzido no Brasil, por influências de estudantes portugueses, desde esse período já tinha carácter de zombaria e imposições de tarefas a calouros por partes dos veteranos. Ao ser humano é atribuído garantia e direto que tem por finalidade assegurar o respeito e dignidade. Porém essas práticas violentas, desrespeitam as leis e infringem a conduta moral do cidadão; ademais a falta de punição adequada para com os praticantes, agravam a situação, pois não inibe o fim das ações realizadas pelos mesmos. Em consequência disso, os únicos prejudicados na história são os novatos universitários, pois são submetidos a situações extremas, que resultam em constrangimento, injuria, lesões corporais, além da violação de muitos direitos, como a vida, a integridade física e psíquica. Não podemos dissociar esse fato da realidade, logo é uma situação intrínseca da sociedade. Muitos estudantes desistem dos seus sonhos por conta das ameaças que sofrem quando adentram nas faculdades. Alguns desses acabam entrando para o mundo das drogas, tentando solucionar seus problemas contraídos nas universidades, sendo muitas das vezes irreversíveis. Dessa forma fica evidente que uma solução necessita. Cabe a organização governamental classificar o trote como crime de tortura no código penal, além de impor punições severas aos infratores. E a população denunciar as práticas, para assim ser julgada da forma correta. Somente assim poderá sanar essa questão dos atos violentos nas universidades.