Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 25/08/2016

A recepção dos alunos na universidade é um rito de passagem que perdura na sociedade contemporânea e é, sobretudo uma ferramenta substancial na integração social. No entanto, o trote, como é designado, é praticado de maneira inescrupulosa pelos veteranos sem intervenção efetiva da faculdade e civilização. A felicidade em ingressar na universidade almejada transforma-se um receio ao passar pelo primeiro dia de aula, em que normalmente ocorrem os trotes. O que era para ser saudável e uma forma de contato com os alunos veteranos é, em diversas faculdades, sinônimo de humilhação. A crueldade é revelada por meio das “brincadeiras” impostas como agressões físicas, simulações pejorativas e preconceituosas e, em casos extremos, mortes dos participantes. Os veteranos justificam-se pela suposta supremacia adquirida ao passar pelo mesmo ritual e pela normalidade que essas práticas são neste contexto. Afirmam, também, ser um meio de integração social, mas o que se configura é a oportunidade da opressão. Além disso, a tradição de realizar o trote ao iniciar o curso superior ultrapassa o senso da cidadania. O comportamento das instituições perante à essa situação é omissa. Não adotam políticas restritivas e de punição adequada. Apesar das atrocidades carregarem o nome da faculdade, esta não res responsabiliza por ações que ocorreram fora de suas dependências. Em decorrência, o legado do trote violento não é combatido e punido. Os agressores são, no máximo, suspensos e em casos graves, indiciados e liberados. Em contrapartida, as marcas destas barbáries permanecem nas vítimas, os potenciais agressores do próximo período. Por fim, o trote universitário, como é praticado, além de degradante, não atua na integração social do ingressante. Portanto, é imprescindível o combate a violência das brincadeiras por meio de políticas severas nas universidades, como expulsão dos responsáveis, além de denúncias por lesões e injúrias. Assim como é preciso punir as faculdades que são passivas a tais práticas. É necessário, ainda, difundir o trote solidário, como serviços sociais, gincanas saudáveis a fim de ratificar a cidadania e propagar um modelo ideal de recepção dos alunos.