Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 22/08/2016

O trote estudantil pode ser conceituado como um "ritual de iniciação" que consiste num conjunto de práticas entre calouros e veteranos que marca a entrada dos primeiros no ensino superior. Infelizmente essas atividades são em grande maioria de natureza violenta e vexatória, o que ao contrário de integrar os novos estudantes ao meio universitário os deprecia. O que deveria ser uma passagem natural para uma nova fase torna-se um medo para os ingressantes na faculdade. Mas qual o limite entre o saudável e o perigoso? Evidente que existem os dois lados do trote universitário, além de uma tradição, pode sim ser uma atividade segura e integrativa para os jovens estudantes, mas quando a prática apresenta risco à integridade moral e/ou física daquele que receberá a ação ou não tem o seu consentimento está aí o momento de parar. Não é incomum ter notícia de trotes que terminaram com alunos feridos ou até mesmo mortos, o que é uma triste realidade dentro das universidades. Tentando acabar com casos de violência diversas instituições proibiram a prática ou adotaram o trote solidário em que os novos alunos fazem algo em prol da comunidade e, em outros casos, apenas são acolhidos de maneira segura e festiva por seus veteranos visto que devem se espelhar neles e não teme-los. Contudo, ainda que hajam proibições ou adequações os trotes degradantes prevalecem e frequentemente terminam impunes, o que estimula a continuidade deste problema. Todavia, se forem criadas pelas universidades regulamentações mais enfáticas sobre o exercício dos trotes, campanhas de conscientização sobre a urgência em findar a tradição humilhante, sustentadas pelos governos municipais aliados à iniciativa privada e a mídia, e um esforço coletivo para manter a ordem nas instituições de ensino, poderemos ter ingressos saudáveis a vida universitária e o trote deixará de ser uma vivência constrangedora para os recém-aprovados no ensino superior.