Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 03/07/2016

O trote universitário, embora seja uma prática comum dentro das instituições brasileiras de nível superior, é originário da Europa medieval. Nessa época, as roupas dos calouros eram queimadas e seus cabelos cortados sob a justificativa, sobretudo, da necessidade de evitar a propagação de doenças. Já atualmente, embora o objetivo inicial do trote seja o de recepcionar os novos estudantes, a prática tornou-se uma forma de hierarquização do poder por meio de atos violentos. Esses atos violentos, realizados por veteranos, podem ser tanto físicos e verbais quanto psicológicos e, todos, ferem a dignidade humana. Alguns, por exemplo, são tão extremos que provocam a morte dos alunos novatos e mesmo vivendo em uma sociedade “civilizada”, muitos desses jovens vêem seus sonhos, de ingressar na universidade, transformando-se em pesadelos, em virtude desses atos de barbárie. Entretanto, mesmo que essas práticas sejam antigas e conhecidas, o problema ainda permanece. A falta de uma lei que iniba os trotes violentos pode ser uma das causas de sua perpetuação, visto que, apenas os atos são puníveis, quando são, pela esfera penal, administrativa e civil. Associado a isso, tem-se a falta de fiscalização efetiva por parte das universidades e também da sociedade. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Enquanto o projeto de lei 1023/1995 que dispõe sobre as atividades de recepção dos calouros ainda espera apreciação do Senado Federal, os Ministérios da Educação e da Justiça poderiam promover ações para conscientizar e esclarecer estudantes, professores e pais sobre as consequências dos trotes violentos e os movimentos estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e até mesmo os Diretórios Acadêmicos, poderiam intensificar essa conscientização ao difundir os chamados “trotes solidários”, que já são adotados por algumas instituições do país.