O trote universitário é uma verdadeira ofensa aos estudantes. Desde a Idade Média, essa prática tem sido realizada nas faculdades ao redor do mundo e persiste até os dias de hoje. Porém, esse ritual pode fazer com que o sonho de chegar na faculdade se torne um enorme pesadelo. Há quem diga que o trote é uma maneira de fazer com que o calouro comece a se relacionar com o novo "mundo" que ele viverá agora, o mundo da universidade. Seria um meio de se entrosar com aqueles que já estão lá, um jeito de se sentir completamente inserido nessa nova fase da vida. Entretanto, a cada semestre os trotes estão ficando mais perigosos e ofensivos. Uma coisa que era para ser acolhedora, para das as boas vindas aos novos estudantes, muitas vezes acabam em profundas humilhações e até mesmo em crimes. Existem trotes de todos os tipos. Existem aqueles que pintam os calouros, que pedem para que os novos alunos arrecadem dinheiro nas ruas, aqueles que fazem com que os estudantes tenham que beber pequenas doses de diferentes bebidas e até mesmo aqueles em que a pessoa deve entrar em uma piscina com fezes e urina. Muitas vezes meninas são forçadas a simularem atos sexuais, dançarem para meninos que nem mesmo conhecem ou, nos piores casos, elas sofrem de estupro. Por vezes, esses trotes podem provocar até mesmo a morte de estudantes. Mas os esforços para fazer com que essa prática seja abolida das universidades não são tão grandes. Os calouros costumam ter a ideia de que eles estão sofrendo isso agora, porém no próximo ano eles estarão no papel inverso, eles serão os veteranos, os donos do trote. Isso faz com que esses novos alunos pensem no trote como algo natural e passem essa ação adiante. Todavia, essa mentalidade precisa ser mudada. É enviável que esses crimes continuem acontecendo com a desculpa de serem apenas uma brincadeira universitária. Para ajudar na contenção dos trotes, as faculdades deviam parar de se abster dessa situação. A grande maioria dessas instituições agem como se essa atividade não fosse responsabilidade delas. As universidades precisam se envolver mais nessa questão. Poderiam começar apresentando palestras de conscientização sobre os males do trote e suas consequências. Deveriam também ser mais duras com aqueles que organizam esse ritual, fazendo com que esses alunos sejam gravemente punidos por suas ações. Além disso, os próprios alunos deveriam começar a auxiliar na extinção do trote. Não participar ou não organizar essas atividades é uma grande ajuda para dar um fim à elas. Dado o exposto, concluímos que o os trotes universitários estão cada vez mais exagerados e colocando a vida de estudantes em risco. Mas se faculdades e alunos unirem forças, a chegada na universidade pode novamente ser o sonho que todo estudante já sonhou.