Trotes universitários são as supostas brincadeiras as quais os jovens que passam no vestibular são submetidos para simbolizar o início da fase acadêmica. Essas práticas, entretanto, acabam utilizando, em muitos casos, da agressão física e psicológica, o que torna, sem dúvida alguma, necessária sua proibição. A humilhação no ato de trote pode acarretar traumas duradouros na vida dos estudantes, visto que, com o passar do anos, as práticas têm se tornado mais violentas. Tudo isso por conta do círculo vicioso em que os indivíduos que um dia foram ridicularizados, ao ocuparem uma posição superior na hierarquia estudantil, ou seja, quando se tornam veteranos, são levados a repetir os atos, em sentimento de revanche. Contudo, o problema não pode ser resolvido pela simples ação do chamado calouro de não se submeter aos trotes. Isso é explicado pela teoria do sociólogo Émile Durkheim de coerção social, que afirma que existe uma pressão coletiva para que o indivíduo aja de certa forma se quiser ser aceito pelo grupo. Assim, por medo de ser excluído nos próximos anos de sua vida, os novatos são coagidos a participar. Portanto, medidas se fazem necessárias para resolver esse impasse. O poder legislativo deveria criar uma lei federal baseada na estadual paulista que proíbe a prática dos trotes nas instituições educacionais públicas. Além disso, o MEC deveria distribuir cartilhas para o ensino médio, informando sobre a nova lei e visando a conscientização dos jovens . Dessa maneira, muitos estudantes seriam beneficiados.