Ano após ano, quando é chegado a época de matrícula na universidade, conjuntamente a alegria e rostos pintados, os trotes abusivos voltam a ser uma preocupação aos novos estudantes. A necessidade de distinguir os alunos novos dos antigos acabam resultando em práticas mais sérias, envolvendo violência, bebidas alcoólicas e produtos químicos. Já em 2015, um jovem corre risco de ficar cego por ter sido recepcionado com ácido por colegas veteranos. Podendo causar além de danos fisicos, a brincadeira torna a conquista em pesadelo, marcando psicologicamente quem tanto lutou pra estar naquele lugar. As agressões fisicas são as que mais impressionanam os noticários, um exemplo foi a utilização de creolina, um desinfetante industrial que provou queimaduras em várias partes do corpo, outro novato foi chicoteado e obrigado a beber muito alcool, deitar em cima de um formigueiro forçou um rapaz a ir ao hospital depois de levar mais de 100 picadas.Talvez o caso mais famoso no Brasil foi em 1999 na Universidade de São Paulo, o aluno de medicina foi encontrado morto após de ter entrado na piscina sem saber nadar. Mesmo com ivestigações referentes ao caso, ninguém obteve provas suficientes para incrimir os acusados. Os trotes podem causar sensação de desamparo, insegurança, diminuir a autoestima da pessoa que se submete à violência. Além disso, produzir transtornos que limitam a pessoa, como depressão, pânico, ansiedade generalizada, fobia social, reação aguda ao stress e transtorno de adaptação.O veterano quer mostrar-se melhor e mais forte do que cada recém chegado, impor essa autoridade cria uma hierarquia, e consequentemente um ciclo vicioso classifcado como tradição por quem quer descontar o que já sofreu. O estudante é coagido causando a possível desistencia depois das boas vindas que recebeu. O calouro esta ali para estudar, forma-se e seguir uma carreira. É preciso construir tradições que ajudem as pessoas, não que promovam violência. Trote não é rito de integração e sim exclusão. As universidades devem promover a solidariedade com os novos alunos, não somente inibir a pratica mas também desenvolver projetos como é feito no ensino médio. Recompensas para os melhores veteranos, palestras explicando quais as consequencias desse ato, utilizar a semana de matricula para um evento e não se sujeitar a praticas vexatórias. Tratar essa época de integração de forma mais cautelosa traria benficios para a imagem da instituição. Com a grande conquista em mãos, o sonho da formação não pode ser impedido por uma ação sem propósito verdadeiro.