Os trotes universitários, no Brasil, eram inicialmente espelhados nos de Portugal, embora tenham relatos desses costumes desde a vinda da família real, em 1808. Esses, no Brasil, muitas vezes, consistem em práticas de cunho degradante, pelas quais veteranos expõem os calouros com o pressuposto de brincadeira e boas-vindas. Entretanto, muitos desses atos acarretam em danos físicos, mentais ou até mortes. Como acontecido há poucos anos, um prejudicial rito de iniciação à vida universitária, que tinha caráter cultural entre os estudantes, em que os mais velhos jogaram um novato na piscina da instituição federal, onde o mesmo, que não sabia nadar, se afogou e morreu. Após isso, foram proibidos na maior parte das Universidades, mas ainda sim, são executados fora de suas dependências, o que faz com que a mesma se isente de toda e qualquer responsabilidade. Ainda ano passado, alunos de medicina de uma faculdade no estado de São Paulo, em uma ''calourada'', jogaram ácidos nos denominados ''bichos'', o que implicou cegueiras, desfigurações faciais e graves queimaduras. Essas humilhações fogem à princípios constitucionais de integridade física e moral, e também aos Direitos Humanos. Além de gerarem intensos traumas psicológicos, fazendo com que muitos vestibulandos desistam de seus cursos após sofrerem essas hostilidades. Com isso, faz-se necessário uma lei específica, por parte do Governo Federal, para esse tipo de violência estudantil, a fim de punir judicialmente quem colocar em risco a vida de um estudante. E uma medida alternativa para instigar o fim do trote universitário, como os solidários, aos quais os veteranos promovem doações para comunidades carentes e orfanatos, assim, fariam um bem social e os calouros seriam bem recepcionados, sem medo. Agregado a isso, as Universidades podem fazer uma breve premiação simbólica ao grupo que conseguir mais donativos, a fim de incentivar esta realização.