Título da redação:

O trote da tortura

Proposta: Trotes universitários

Redação enviada em 01/10/2015

Humilhações, violência e atos criminosos têm sido cada vez mais frequentes nos chamados, trotes universitários. Para serem aceitos em um determinado grupo, jovens recém-aprovados no vestibular - os calouros - se submetem à verdadeiros atos de tortura. É valido considerar, antes de tudo, que o trote, mesmo sendo visto como descontração entres os estudantes, historicamente, é um ato de submissão dos calouros para com os veteranos. Simbolicamente essa atividade tem por objetivo ser um rito de iniciação da vida estudantil para a acadêmica como uma forma de confraternização, porém a violência e desumanidade têm dominado esse cenário de tal maneira, que culminou no afogamento e morte, após um trote, de um estudante de medicina da Universidade de São Paulo, em 1999. Só então foi dada a devida atenção a essa prática. A partir do século XVIII, o trote foi incorporado ao Brasil por estudantes da Universidade de Coimbra, em Portugal, trazendo consigo os horrores dessa prática. Em países da Europa - seu berço -, como França, Alemanha e Portugal, o trote sempre foi violento e desrespeitou a lei. Entretanto, havia e ainda há poucas punições pois os calouros na intenção de participarem de grupos e grêmios estudantis e por tradição dessa prática de iniciação, não denunciam. Fica claro, portanto, que o trote está longe de ser uma mera confraternização, mas sim atos de tortura. Cabe ao ao Estado classificar esses atos criminosos, como crimes de tortura, no Código Penal Brasileiro, para que os delinquentes sejam devidamente punidos. Ademais, os veículos de comunicação, em parceria com o Governo, precisam realizar campanhas de conscientização, através de programas televisivos, com abordagem desse assunto pelos professores na sala de aula e distribuição de panfletos em escolas, alertando à sociedade dos perigos e traumas que o trote ainda proporciona, a fim de moldar o pensamento das pessoas para que tais atos criminosos e violentos não mais ocorram.