O fim do Ensino Médio e o início da carreira universitária é um momento de muita alegria para os vestibulandos bem sucedidos nas provas. Porém, o que muitos temem nessa nova fase da vida é a exclusão. Para isso, submetem-se à situações contrárias a princípios morais básicos, como o respeito e a liberdade de escolha. Nesse ponto, é importante ressaltar que muitos universitários não têm a opção pelo sim ou pelo não, pois se não participarem dos trotes não são aceitos em seu convívio cotidiano e enfrentarão problemas, não apenas de ensino, mas também pessoais, como a depressão e o bullying. Portanto o calouro encontra-se em um impasse: ou submete-se às brincadeiras, com a chance dessas serem excessivas e desnecessárias, ou não recebe as "boas-vindas" de seus colegas, arriscando sua integridade individual. No entanto, o grande responsável por tal problema não é o universitário, e sim a instituição de ensino que ele estudará, uma vez que é ela que designa regras e limita o papel do estudante no local de ensino. Assim sendo, para que a realidade violenta dos trotes seja extinta, faz-se necessária a união do Estado e das Universidades para a criação conjunta de políticas de fiscalização e punição, baseadas na ética moral, que respeite os calouros e os façam se divertir, concomitantemente.