Os trotes universitários parecem terem surgido e se embasado no princípio da isonomia, no qual Aristóteles dizia que "Devemos tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de sua desigualdade", entretanto, no caso dos trotes, o que há na verdade é um princípio de segregação humilhante, no qual os recém universitarios estão sujeitos a enfrentar em diversas universidades do Brasil. É preciso considerar primeiramente, que ao contrário da concepção dos veteranos, os trotes universitarios na maioria das vezes não desemoenham a função de integração social. No entanto, são responsáveis por gerar um tipo de discriminação entre calouros e veteranos, no qual os segundos são tidos como superiores em relação aos primeiros, de modo que os novos alunos devem respeitá-los. Vale ressaltar ainda que os trotes violentos são responsáveis por denegrir a imagem do aluno, no qual é exposto a situações humilhantes frente aos seus superiores veteranos, tendo que sofrer dores não só psicológicas, mas também físicas. Portanto, esse ritual de passagem é responsável também por levar alunos de demais cursos a desistirem dos mesmos, pelo fato de não conseguirem suportar os danos psicológicos causados por eles. Por conseguinte, evitar situações como essas é o melhor caminho. Para isso, a primeira medida deve surgir a partir dos próprios universitarios, inserindo nas instituições novas formas de integrar os novos alunos, caso seja necessário, como trotes solidários, unindo calouros e veteranos em prol de benefícios para a sociedade. Além disso, aqueles envolvidos na organização de trotes abusivos e humilhantes devem ser punidos de alguma forma pelas universidades, sofrendo por exemplo, implicações diretas em seus determinados cursos.