Título da redação:

Brincadeira sem graça

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 19/08/2015

Jovens inteiramente cobertos por tinta, lama, cabelos raspados, roupas rasgadas, pedindo esmolas no sinal: essas são algumas realidades enfrentadas por estudantes vítimas de trotes universitários. Embora isso ocorra, é possível a recepção de calouros sem que haja essas práticas, que na maioria das vezes, são caracterizadas por violências morais e físicas. Em relação à violência moral, em alguns trotes, os estudantes são submetidos à humilhações que podem causar traumas e levá-los à desistência do ingresso na faculdade. Tomando como exemplo, pode-se citar estudantes da Unicastelo, em Fernandópolis, que foram obrigados a tirarem suas roupas e beberem álcool combustível. Mesmo que alguns deles acreditem que o trote é feito com intenção de estabelecer maior interação entre alunos, essas atitudes não são dignas de boas relações. Quanto à violência física, alguns jovens são vítimas de agressões e atos de selvageria que as vezes levam à morte. Tendo como exemplo, pode-se citar um calouro de medicina, na Universidade de São Paulo, que faleceu após um trote e um outro aluno também de São Paulo que teve o nariz quebrado. Ainda que não exista lei específica que proíba os trotes, algumas das práticas cometidas podem ser caracterizadas como lesão corporal, injúria e homicídio (crimes que possuem punição por lei). Portanto, trotes violentos não estabelecem boas relações entre estudantes e podem ser substituídos por movimentos solidários para arrecadar fundos para instituições sociais e shows beneficentes promovidos pela faculdade. As universidades devem incentivar a erradicação de trotes proporcionando amplo diálogo com estudantes sobre a questão. O governo deve investir sócio e culturalmente nas instituições de ensino, havendo melhor interação entre alunos. Além disso, quem submeter alguém a agressões físicas e morais deve ser punido conforme prevê a lei. Tomadas essas medidas, os jovens se tornarão cientes do quão prejudiciais e desnecessários são os trotes.