Título da redação:

Brincadeira que vira crime.

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 14/04/2015

Todos os anos a cena é a mesma: universitários sujos e pintados, pelas ruas, sendo humilhados. O trote é considerado um ritual de passagem nas universidades. Porém, o que deveria promover uma integração entre estudantes, passou a promover a dor. Esse ritual vem se tornando cada vez mais violento, física e psicologicamente, podendo ser considerado um crime. Os trotes universitários, organizados pelos veteranos, trazem o título de “brincadeira”. Contudo, essa violência não pode ser chamada assim. Os rituais forçam os calouros a fazerem coisas contra sua vontade, que, muitas vezes, prejudicam sua saúde. Em casos mais extremos causam, até mesmo, a morte. Um exemplo disso é quando forçam os alunos novos a beberem mais do que querem. Nessa chamada “brincadeira”, jovens morreram, como o Edison Tsung, calouro da USP, que morreu afogado. Dessa forma, fica evidente a violência física acarretada pelos trotes. Essa violência não pode ser tratada como banalidade, e deve ser considerada um crime. Contudo, também percebe-se o ataque psicológico nos rituais. Isso se mostra através da humilhação pública dos calouros. Os trotes atingem a dignidade dos alunos, e isso é considerado uma forma de violência, de cunho psicológico. A violência psicológica, assim como a física, é um crime, e deve ser tratado como tal. Assim, ratifica-se que a violação dos direitos humanos deve trazer consequências aos agressores. Dessa forma, percebe-se como os trotes podem ser considerados crimes por trazerem uma violência física e psicológica. A melhor forma de reduzir esses crimes é através de uma punição mais severa por parte das universidades, como a expulsão. Entre fazer o curso ou praticar o trote, muitos escolherão parar com o crime. Porém, o ritual de passagem não precisa acabar: os crimes podem ser substituídos pelo “trote solitário”, ou seja, a prática de um trabalho social ou, até mesmo, por festas - desde que sejam sem violência.