Relativo ao trote nas universidades, é possível destacar tanto aspectos positivos quanto negativos. Se por um lado, há tentativa de integração entre os estudantes; por outro, trotes violentos põe fim a qualquer aspecto posito. No que se refere ao trote universitário, pode-se perceber que há um cunho positivo, o de promover a integração entre os veteranos e os calouros. Uma iniciativa para incorporação desses recém-chegados a universidade, em alguns casos, uma nova cidade, ou seja, nesse sistema do qual agora fazem parte. Nos Estados Unidos, por exemplo, e algumas universidades brasileiras aderem ao “trote solidário” onde os calouros são convidados a participar de uma ação social, como: doação de sangue, limpeza e organização de espaços públicos, doação de alimentos, além de receberem orientações sobre moradias e locais de alimentação. Por outro lado, há uma cultura negativa arraigada nesses trotes. Embora algumas universidades estejam optando por “trotes solidários” em grande parcela ainda se faz uso de métodos rudimentares. E, nesses métodos, há presença constante de violência, humilhação, tortura, a que são impostos aos calouros. Essa triste perspectiva não traz benefício algum nem aos calouros, tampouco aos veteranos. Esses absurdos que ocorrem dentro ou não do corpo físico da universidade, mas ligados diretamente aos respectivos cursos ferem a dignidade do novo aluno, causando danos psicológicos, talvez, irreversíveis, além de denegrirem a imagem da instituição. A tentativa de integração é válida. Entretanto, violências físicas e psicológicas devem ser coibidas. A punição de quem organiza essas ações, aliada a campanhas educativas da própria instituição de ensino visando o fim desses maldosos trotes, a aderência, da mesma, aos “trotes solidários” podem ter satisfatórios resultados. Assim a comunidade universitária só terá a ganhar.