Título da redação:

Prós e contras dos testes em seres vivos

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 09/06/2015

A utilização de animais para testar medicamentos e vacinas é uma das formas mais economicamente viáveis para as empresas farmacêuticas desenvolverem seus respectivos produtos e suprirem os mercados. Porém, recentes estudos sobre o comportamento animal e os grandes avanços de organizações ecológicas em garantir os direitos dos seres vivos colocam em cheque a questão da experimentação laboratorial, o que logo, gerou uma divisão de opiniões contra e a favor aos testes em animais. Por um lado, os testes em animais são responsáveis pelo desenvolvimento de tratamentos e estudos biológicos que beneficiam um enorme contingente de indivíduos que necessitam de assistência médica. Assim, vale apena lembrar que embora os experimentos interfiram nos direitos desses animais, eles também são uma forma de garantir a funcionalidade e a inofensividade dos tratamentos antes de serem inseridos no mercado. Além disso, os maiores avanços da medicina ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial, quando experimentos foram feitos em prisioneiros de guerra para que houvesse o maior entendimento da anatomia e do funcionamento do corpo humano. Embora tal fato seja uma atrocidade e um desrespeito aos direitos humanos, o avanço prova que há sim uma relação direta entre os testes em seres vivos e o avanço tecnológico, por isso, o descarte dos testes em animais na atualidade, sem que haja uma boa opção substitutiva não seria uma alternativa eficiente. Por outro lado, estudos recentes apontam que os animais possuem sim consciência e sentimentos como medo e dor, e por isso, os testes que envolvem o sofrimento desses seres se tornam atitudes desumanas, infligindo diretamente leis de respeito, manutenção e proteção à vida. O desenvolvimento de simulações computadorizadas e experimentações em tecidos humanos isolados são opções para a substituição dos testes em seres vivos, já que assim, seria resolvido o problema das infrações aos direitos dos animais. Além disso, haveria assim maior precisão nas pesquisas, uma vez que os efeitos das substâncias aplicadas poderiam ser observados diretamente em meios semelhantes ao organismo humano. No entanto, o cenário de extremo desenvolvimento tecnológico brasileiro ainda não é uma realidade, inviabilizando a substituição dos testes em animais no contexto atual. Por isso, para que haja uma resolução eficiente do problema, o Estado deve investir massivamente nas universidades para o desenvolvimento de tais tecnologias. Enquanto isso, o Estado também deve assegurar que os testes em seres vivos serão feitos de modo a amenizar ao máximo o sofrimento de animais nos laboratórios através do submetimento das indústrias farmacêuticas à uma rígida fiscalização.