Título da redação:

Os efeitos negligentes do homem contemporâneo

Proposta: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 26/07/2015

Segundo o famoso filósofo Aristóteles, o homem é por sua natureza um animal social. O animal social equivale a um indivíduo livre e possuidor de direitos naturais que lhes são garantidos logo a concepção da vida. Além dos variados fatores fundamentais na formação do indivíduo, o estado tem por sua obrigação garantir a segurança deste, conservando diretamente o direito à vida. Nesse contexto, embora os animais não sejam possuidores de racionalidade, ainda são pertencentes ao mesmo reino dos humanos e dessa forma também possuidor de direitos naturais. Desta forma, pode-se afirmar que, a extrema dependência do setor técnico cientifico de pesquisas laboratoriais para com o uso de testes em animais, vem interferindo diretamente de modo negligente nos direitos fundamentais pertencentes a este grupo. É necessário afirmar antes de tudo, que o constante ato de interferência sob o direito à vida dos animais, é claramente baseado numa característica que pode ser atribuída ao homem da atualidade. O homem contemporâneo é marcado pelo egoísmo, em razão de toda influência do meio no qual está inserido. Consequência disto, temos a prevalência de ideologias desiguais nos mais variados âmbitos. O simples fato de favorecer um grupo em detrimento de um outro, deveria ser um fator extinto em meio aos atualizados métodos indutivos científicos. A ciência por ser um dos grandes instrumentos utilizados na atualidade, visando inserir novos benefícios na sociedade, deveria por si só ignorar a ideia de aderir ao sacrifício de um grupo para que um outro se sobreponha. Estamos aqui falando de uma reformulação da cultura cientifica, onde os métodos e ideologias desiguais não deveriam prevalecer de modo algum. Em razão disso, convêm ressaltar que em resultado a este método tão utilizado, temos em sua grande maioria, quando realizados inicialmente em animais e posteriormente em humanos, se comparados, resultados totalmente inesperados e contraditórios. Uma explicação significativa para tal ocorrência, são as grandes diferenças biologicamente existentes, a estrutura animal se comparada a humana é absurdamente distinta. Desde a constituição do DNA/RNA - fatores que transmitem as principais características aos seres vivos, até mesmo o sistema nervoso e principalmente o sistema imunológico, se comparados, não coincidem, pois são espécies distintas que atribuíram diferentes características ao longo de sua evolução. Sendo assim, embora os testes em animais resultem em efeitos positivos, estes resultados na maioria das vezes não podem ser espelhados nos humanos. Ou seja, todo o processo de sofrimento, transtornos psicológicos e o negligente ato de infringimento do direito à vida deste grupo, em sua grande maioria, podem ter sido realizados em vão. Portanto, têm-se a clara necessidade de uma reformulação ideológica no setor cientifico, onde a presença de uma não aceitação de ideias que favoreçam um grupo em detrimento de um outro prevaleçam. A atual preocupação dos cientistas em realizar testes em animais deve ser substituída, onde a busca de métodos alternativos que abdicassem do uso animal em meio ao processo fosse o foco principal. A presença assídua das instituições fiscalizadoras especializadas em animais, impulsionaria a ocorrência da ausência da interferência de cunho negligente da ciência no direito à vida dos animais. Para que só assim, a liberdade a vida possa se tornar algo natural para este grupo.