Título da redação:

O ser vivo não é objeto.

Proposta: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 19/06/2015

Já dizia Darwin que os animais passam pela a ação seletiva do ambiente sobrevivendo, apenas, os mais adeptos ao meio. Assim sendo, o ser humano, para garantir sua sobrevivência, usufrui dos animais -cachorros, ratos, macacos- em testes e pesquisas científicas beneficiando-se com a criação de medicamentos e cosméticos, dando a eles condições de vida precária, onde viverão em gaiolas e grades sendo explorados até serem sacrificados. Qualquer seres vivos possuem substratos neurológicos que geram consciência; entretanto, alguns podem não raciocinar e pensar como o ser humano, mas esses também sente dor, afeto e medo. Em vista disso, a Anvisa tem como dever fiscalizar laboratórios que fazem esses testes para garantir que esses estão dentro das normas e exigências sanitárias, e mesmo assim, somente após denúncias da população, foi descoberto no Instituto Royal, em São Roque, que seus animais estavam submetidos a maus-tratos, violência e sacrifícios furtados. Logo, nota-se que o uso abusivo para fins benéficos aos humanos não cumpre com os direitos e ética dos seres vivos, ou seja, os animais tem como direito viver livremente e ter acesso a comida e locais limpos e não viver -somente- como cobaia dos humanos. Com o avanço da ciência e da tecnologia, já deveria existir outros meios de testes para criar remédios e cosméticos. Por isso, como afirma o médico norte-americano Ray Greek que a existência ainda da vivissecção é um atraso no desenvolvimento da ciência, disse em 2010, à revista Veja; ainda afirma que os resultados satisfatórios dos testes variam de 5% a 25% das vezes e 95% das drogas homologadas são descartadas. Dessa maneira, as pessoas estão utilizando animais como objetos descartáveis, sendo assim, deveria-se -urgentemente- substituir o processo atual com alternativas melhores, pois não é comprovado que teste em animais são, realmente, confiáveis, senão, não utilizariam posteriormente novos testes em humanos cobaias. Fica evidente, portanto, que a teoria Darwinista, além de correta, pode ser seguida sem utilizar outras vidas para melhorar a sobrevivência do ser humano. Dessa forma, para continuar a produção de medicamentos e cosméticos, a longo prazo, é necessário que o governo invista em programas de pesquisas científicas para o aperfeiçoamento de novas formas de testes, nos quais utilizem tecidos humanos e técnicas in-vitro. Sendo assim, a adaptação humana não dependerá de outras espécies.