Título da redação:

O dilema sobre o uso de animais em experimentos no Brasil.

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 04/09/2017

Relativo ao uso de animais em experimentos no Brasil, é possível destacar tanto aspectos positivos quantos negativos. Se, por um lado, as pesquisas feitas em animais tenham gerado grandes avanços científicos e medicinais nos últimos anos; por outro, essas mesmas pesquisas têm provocado revoltas e discussões em pessoas que consideram esses testes uma violação ao animal. Nesse sentido, convém analisarmos os principais pontos positivos e negativos dessa problemática. Em primeiro lugar, é indubitável que as pesquisas em animais tenham permitido avanços medicinais e científicos ao longo dos anos. Exemplo disso, foi a utilização de cavalos na criação de soro antiofídico, que se tornou a principal forma de profilaxia contra picadas de cobra. Diante disso, não restam dúvidas de que alguns dos experimentos feitos são necessários e benéficos à saúde. Segundo a Lei nº 9.605, é cabível de pena quem faz experimentos em animais havendo outros recursos a serem utilizados. Desse modo, algumas pesquisas fazem-se necessárias quando não há outra alternativa de teste, porém muitas empresas ainda fazem uso de animais sem necessidade, podendo substituí-los por culturas de células ou robôs. No entanto, essas empresas ainda preferem fazer experimentos em bichos porque é mais barato, eficaz e há possibilidade de testar diversos produtos. A fim de que se reverta esse cenário problemático, portanto, é pertinente o Governo investir em empresas públicas, com pesquisas voltadas para a saúde, que realizam testes com células e robôs, para que diminua a utilização de animais nesses experimentos. Além disso, o poder Legislativo, juntamente com o Judiciário e o CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), pode intensificar a lei, aumentar a pena e a fiscalização do uso de bichos em experimentos científicos, com o propósito de diminuir o número de empresas que fazem testes ilegais.