Desde que Edward Jenner, em 1796, desenvolveu o que hoje chamamos de vacina, a medicina se tornou uma das ciências mais importantes para a humanidade e atrai vultosos investimentos a cada ano. Entretanto, os métodos de pesquisa utilizados, que muitas vezes envolvem animais vivos, criam polêmica, gerando protestos e crescentes debates. Porém, esse é o melhor artifício que possuímos para trazer maior segurança aos usuários finais dessas tecnologias, ou seja, a nós mesmos. O método científico fundamenta todas as pesquisas na atualidade e caracteriza-se, principalmente, pela sua necessidade de testes para avaliar a qualidade do que será desenvolvido. Sendo assim, na medicina, imprescindível o uso preliminar das substâncias e técnicas em animais, pois estes demonstrarão a eficácia do medicamento. Infelizmente, esses processos podem acarretar a morte das espécies envolvidas, mas serão capazes de salvar vidas humanas e trazer inúmeros benefícios para a sociedade. Existe, também, a possibilidade de se utilizar métodos alternativos de teste, como cultura de células e, atualmente, simulações em computadores. No entanto, essas tecnologias ainda não são completamente confiáveis e necessitam de aprimoramentos, portanto não são capazes de garantir a qualidade dos medicamentos e nem a segurança daqueles que o usarem. Em vista dos argumentos supracitados, é possível perceber a indispensabilidade dos testes em animais na medicina moderna. Logo, é essencial o investimento em novas tecnologias e o incentivo à pesquisa para que, em um futuro próximo, tais métodos sejam substituídos por outros menos agressivos aos animais e com igual eficácia.