Camundongo. Coelho.Macaco. Estes animais tornaram-se importantes para o ser humano em um viés além do ambiental: o científico. A utilização de bichos em testes experimentais tornou-se comum e predominante na área, a qual espera desenvolver avanços à sociedade. Contudo, o preço do progresso recai sobre as espécies que participam das pesquisas, comprometendo seus fatores físicos, psicológicos e até mesmo suas vidas. Tal risco decorre, principalmente, da alteração genética feita em laboratório. Esse processo pode causar mutações no animal, fazendo-o ter problemas como tumores, deficiências fisiológicas e outras disfunções que o levem à "inutilização". A espécie é tratada como objeto e ao tornar-se inviável para o fim científico, é descartada de forma cruel. Além disso, há o impacto psicossocial sofrido pelo animal. O stress decorrido dos experimentos causa mudanças comportamentais e interfere nos 'modos naturais' do ser, o qual se pacifica devido ao excesso de sedativos, desenvolvendo o medo e a insegurança. A liberdade que ele conhecia passou a dar lugar para o confinamento em caixas, sem contato com o seu ambiente verdadeiro. Fica claro, portanto, a necessidade de medidas para amenizar este impacto. O governo deve fiscalizar com mais rigidez este âmbito científico, desenvolvendo leis que punam tais abusos cometidos. Além disso, a mídia e as ONGs devem criar campanhas para que a população esteja ciente deste fato, o qual é muitas vezes omitido. Dessa forma, a teoria proposta por Charles Darwin continuará a ser um espetáculo vindo da natureza, sobrepondo-se ao circo criado pelo homem e ressaltando seu devido papel nas transformações: o de coadjuvante.