Título da redação:

Máscaras por engano

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 12/07/2015

Máscaras por engano. Com a divulgação dos avanços científicos e tecnológicos na área da saúde, os cientistas ganharam uma imagem caricatural. Vistos como monstros sádicos por uma maioria que se baseia em princípios emocionais e acabam se cegando para o fato de que sem os animais, o avanço não seria possível. Pelo menos por enquanto. O Brasil, Canadá e EUA são campeões nas regulamentações que buscam o bem-estar dos animais dentro das pesquisas. E a substituição desse método por outro alternativo, é uma questão bastante discutida. Porém, os modelos de computadores e as culturas celulares, por exemplo, servem para completar modelos animais, como os camundongos que tem 90% do genoma igual dos humanos, e esse é o principal motivo para ainda serem utilizados em larga escala pelos laboratórios. Outro fator favorável a isso é que os camundongos têm um ciclo de vida muito curto, o que garante maior credibilidade aos resultados, porque os analisa durante a infância, a vida adulta e a velhice num rápido período. E deve-se ter a consciência de que todas as pesquisas são analisadas e autorizadas pelos comitês de ética, que fazem exigências quanto ao número e ao conforto dos animais, admitindo experiências que não cause dor, até porque essa não é a real intenção e pelo lado egoísta, o desconforto dos animais alteraria os resultados das pesquisas. Enquanto não se encontra um substituto real para o método em questão, será sim um mal necessário. E os laboratórios, faculdades e até mesmo o governo devem financiar campanhas para minimizar a falta de informação da população em relação aos procedimentos científicos e consequentemente tirar dos cientistas essa máscara que apavora muita gente.