Título da redação:

Mais amor, por favor

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 24/06/2015

Não é de hoje que se discute sobre o uso de animais em pesquisas científicas. Na verdade isso se iniciou nos anos rebeldes quando a sociedade parou de olhar para o seu bichinho de estimação como um bem e passou a olha-lo como uma vida. De lá para atualmente, algumas medidas foram criadas por alguns países - inclusive o Brasil - para diminuir o uso e o sofrimento desses seres tão queridos hoje. No entanto, seu uso se mostra necessário para quase toda a comunidade científica. Todavia, de alguns anos para cá, outros meios foram descobertos, surgindo a pergunta: Usar esses animais para pesquisas é mesmo necessário? A maioria das pessoas, cientistas ou não, acreditam que sim, que o uso de animais é praticamente insubstituível. Nesse sentido, olhando para o século XII, onde já havia o registro do uso de animais, para hoje, é notável perceber a ajuda que esses animais deram a ponto de não ser mais tão necessário o uso deles em pesquisas, até porque a incidência de doenças hoje é infinitamente menor do que a 100 anos atrás. Por isso, em 2008, foi aprovada no congresso o projeto de lei 11.794, chamada Lei Arouca, que protege os animais usados em pesquisas, de usos indevidos e ou tortura. Já havia a percepção de o animal sentia como nós. Com base nisso, no ano seguinte, a União Européia reconhece que os animais são seres sencientes. Embora essas percepções sejam notáveis e boas , acaba formando uma antítese com a regulamentação da ANVISA que somente aprova produtos devidamente testados e seguros. Mas mesmo com esse revés trazido a tona, frente ao uso dos animais em pesquisas científicas, as atitudes de opressores comprovam que ainda há o questionamento se todas essas pesquisas são realmente necessárias , se a quantidade de remédios disponíveis no mercado já não é o bastante. A sociedade brasileira é estimulada a ficar doente, pelo tanto de trabalho e stress que a mesma convive diariamente, sem se preocupar com a prevenção dessas eventuais doenças - que pode até ser por meios básicos como uma caminhada diária - o que não sobrecarregaria a indústria farmacêutica. A sociedade não só a atual, acredita que pelo fato do homem ser racional faz com que ele esteja no topo da cadeia alimentar, justificando a utilização de animais - "seres inferiores"- para pesquisas que em sua maioria são para benefício próprio. Há entidades que equivocadamente acreditam que isso é a escala natural das coisas, e na verdade não só natural como aceitável sua utilização, porém com a descoberta de que os animais são seres capazes de sentir emoções, ou seja, sencientes, não há o porquê de sua utilização. Portanto, com isso em mente, é notório que se deve fazer algo em relação a isso. A curto prazo, deve haver a tentativa de diminuir as pesquisas que usam animais, optando por meios alternativos - células humanas colhidas em hemogramas, por exemplo - ; A médio prazo o maior reconhecimento da sociedade da importância do animal com o "Findi do Bichinho" um fim de semana do mês onde acontece uma série de programações que iterem animais com o homem; E a longo prazo uma mudança no estilo de vida da sociedade, com hábitos tanto físicos como alimentares mais saudáveis, diminuindo a necessidade dos bichinhos em laboratórios e aumentando em lares carinhosos.