Com a expansão do capitalismo, os produtos sintéticos e industrializados se fizeram essenciais para a sociedade. No entanto, para que esses produtos cheguem até seus consumidores finais, precisam passar por uma série de testes e experiências, os quais, na maioria das vezes, são realizados em animais. Tais testes, apesar de serem benéficos para o homem, colocam em risco a saúde e a vida dos animais, levantando várias questões éticas. Não seria possível obter tamanha diversidade de produtos do mercado se não fossem os testes de laboratório. Nesse precedimento, mamíferos como ratos, cachorros e coelhos são submetidos a experiência com vacinas, remédios, cosméticos e produtos de higiene em geral. Grande parte desses animais morre durante ou após as experiências ou fica com graves sequelas físicas e psicológicas, sendo induzida ao sacrifício. Além desse inconveniente, nem sempre as experiências com animais apresentam os mesmos resultados que os testes com o próprio organismo humano. Dessa maneira, além de colocar em dúvida a vida do animal, os testes nem sempre são eficientes. Os animais, apesar de não serem dotados de racionalidade, são seres vivos e suas vidas devem ser respeitadas e preservadas incondicionalmente, mesmo que certos interesses humanos sejam afetados. Com isso, a ciência já desenvolve métodos de obtenção de materiais muito parecidos com o tecido epitelial humano para realizar esse tipo de testes. Apesar de esse tipo de material ainda não apresentar todas as propriedades necessárias para as experiências, a técnica promete abolir a necessidade dos animais para os testes laboratoriais, pelo menos, a médio prazo. Dessa forma, enquanto a ciência não tem resposta para abolir os testes com animais, algumas medidas devem ser tomadas. Cabe ao Governo Federal o incentivo à intensificação das fiscalizações por parte do Conselho Nacional de Experiências em Animais, aplicando uma legislação que corrobore os direitos dos animais, denunciando qualquer exploração abusiva por parte dos laboratórios e indústrias, impondo severas multas aos infratores. Além disso, cabe ao terceiro setor a consciência de não colocar o interesse financeiro à frente da integridade dos animais.