Título da redação:

Hegemonia Humana

Proposta: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 15/06/2015

O avanço científico pós-segunda guerra mundial foi acompanhado de inúmeros testes em animais. Essas experiências foram essenciais para obter as condições significativamente melhores da atual sociedade em comparação com séculos passados; no entanto, também geraram, de forma simultânea, traumas físicos e psicológicos nos animais submetidos a elas. Cabe aos órgãos responsáveis e à sociedade estabelecer os limites entre o avanço científico e o direito à vida dos animais. O surgimento da biotecnologia em meados do século XX foi extremamente benéfico para o homem, com aumento proporcional de experiências invasivas em seres vivos de outras espécies. Prova disso foi a clonagem da ovelha Dolly, em que centenas de embriões morreram e muitos animais nasceram deformados antes que a técnica fosse bem sucedida. Ademais, com a criação de transgênicos e o melhoramento genético, o homem promove uma verdadeira seleção artificial de genes em detrimento da seleção natural milenar. Por outro lado, existe uma enorme lacuna entre o conhecimento teórico e a prática, o que valida as experiências em animais como forma de evitar que essas sejam feitas em seres humanos. Dessa forma tais métodos foram essências para o desenvolvimento da ampla gama de tratamentos médicos atuais, em que medicamentos dermatológicos, soros e vacinas são apenas alguns poucos exemplos. Em última análise, os testes em animais estão ligados à própria autopreservação humana; esse instinto de autoproteção é comum a todas as espécies de animais. Fica claro, portanto, que as experiências científicas são fundamentais para o conforto e à vida humana, porém não devem ser feitas a qualquer custo. Por isso é de suma importância o papel das ONGs e dos órgãos responsáveis em fiscalizar e denunciar às forças policiais os laboratórios que pratiquem maus tratos aos animais. Por fim, o governo deve criminalizar de forma mais severa tortura de animais, com detenção dos infratores e pagamento de multas.