O uso de animais em experimentos científicos tem o propósito altruísta de transpor as barreiras do conhecimento e encontrar novos medicamentos, prevenir/erradicar patologias, otimizar a condição humana, dentre outros. Entretanto, será que essa prática não está interferindo no direito à vida desses seres vivos? Até que ponto isso ocorre? A escolha é um elemento inerente a todo e qualquer direito, principalmente à vida. Por exemplo, doar uma medula óssea para salvar um indivíduo portador de leucemia é uma opção feita somente pelo doador, ninguém pode obriga-lo a submeter-se a um procedimento cirúrgico arriscado pela saúde de outrem, mesmo que seja para um parente próximo. Sendo assim, as criaturas selvagens pela sua natureza de sobrevivência já decidiram não colaborar com os testes de laboratório e está decisão está sendo completamente ignorada pelos ser humano. Para reverter essa realidade, o governo em parceria com o setor privado a fim de minimizar gastos partilhando a responsabilidade, deve investir em pesquisa científica e tecnológica para desenvolver outras formas de experimentação como a utilização de tecidos vivos, os quais são desprovidos de consciência e por conseguinte sem sensibilidades neurológicas - dor. Os frutos dessa intervenção serão colhidos apenas no futuro, mas os seus resultados tem grande potencial para extinguir essa problemática e acabar com a exploração imposta a esses bichos inocentes. Fica evidente, portanto, que a ciência apesar de seu escopo benevolente de ajudar a humanidade viola a vida de espécies não humanas nas experiências que faz. Além da medida mencionada, visando buscar soluções de efeitos imediatos, é imprescindível proibir os maus tratos de animais nos estudos biológicos através de lei ao mesmo tempo que Estado, mídia, ONG's e sociedade, em conjunto, fiscalizam o cumprimento dessa ordem legal. Resta saber se para garantir o sucesso dessas empreitadas, todos esses setores irão se unir.