Título da redação:

Até Onde É Necessário?

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 20/09/2015

Até Onde Vai a Necessidade? Infelizmente, os testes de desenvolvimento tecnológico, produção e controle da qualidade de drogas, medicamentos, cosméticos, alimentos, imunobiológicos, ainda são realizados no Brasil, baseados em testes em animais. É certo que o assunto tem sido responsável por debates acirrados nas últimas décadas, julgado muitas vezes por ser um ato cruel, egoísta e de involuntariedade com os animais utilizados – camundongos, ratos, coelhos, cachorros, gatos, primatas. Com a necessidade de regulamentar esses testes, em 2009 entrou em vigor a Lei Arouca, e com ela a criação da CONCEA – Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal -, que é responsável por estudar e regulamentar práticas de experimentação em animais, e zelar por um tratamento melhor e mais humanizado. Ela preza para que os animais não sintam desconfortos com os experimentos e que a bioética sempre esteja acima dos preceitos, fato que é comprovado pelo conselho de bioética, que obriga que todo experimento passe pelo mesmo para ser regulamentado, com normas rigorosas quando ao conforto da cobaia. Ainda não é possível que um processo completo de fármacos, por exemplo, possa ser comprovado com testes somente em humanos, ou com experimentos In Vitro. Em compensação, pela alta produção de cosméticos, seus testes podem ser efetivados somente com cobaias humanos, fato que já é realidade nos Estados Unidos. Logo, com tantas regulamentações criadas, os processos de pesquisas deveriam garantir um total conforto dos animais, circunstância que não é garantida pela falta de fiscalização no Brasil, o mesmo que dificulta a garantia de não criação de laboratórios clandestinos. Portanto, é necessário que a CONCEA reveja os princípios e as novas tecnologias que surgem a todo momento, e analise testes que realmente são necessários em animais, e solicitando ajuda do Estado com a fortificação na fiscalização em laboratórios.