Título da redação:

"Amigos" do desenvolvimento

Proposta: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 05/07/2015

Há alguns séculos, o homem está em um ritmo acelerado de evolução científica e, alinhado a isso, os animais fazem parte diretamente desse processo, já que depois do “desastre da sulfanilamida”, em 1930, no qual morreram mais de 100 pessoas, testes em bichos passaram a ser obrigatórios. Desde então inúmeros desastres foram evitados e, portanto, pensar em proibir definitivamente teste em roedores é como retroceder no tempo e limitar a ciência, que tem ajudado a encontrar a cura para várias doenças. Esse retrocesso pode ser facilmente assimilado, caso houvesse a abolição, quando analisados os porquês de se manter tais métodos. Um deles pelo fato do período de vida dos animais ser menor se comparado a de um homem, já que os mais usados são camundongos, que chegam à fase adulta em dois meses aproximadamente. Isso, então, permite concluir se medicamentos aplicados na “infância” influenciam na fase adulta, uma análise mais rápida, que seria comprometida se humanos fizessem parte do processo, uma vez que o mesmo período demora dezoito anos. Há, também, órgãos especializados que regularizam a forma como procedem os testes, como, por exemplo, o CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal). Eles, juntamente com toda comunidade científica, prezam pelo menor prejuízo aos cobaias, e, determinam que quando há outras alternativas animais não podem ser usados. Além disso, o Brasil é um dos gigantes em pesquisas sobre: agricultura e células-tronco, e, isso depende dessas experimentações. Dessa forma, uma proibição delas poria o país dependente da ciência estrangeira, e, consequentemente a produção cientifica na área da saúde e economia seria prejudicada. Diante disso, torna-se difícil pensar, nesse momento, em uma produção sem testes. Visando amenizar os danos aos animais, o CONCEA poderia submeter as empresas a avaliações mais frequentes e ser mais rígido em relação as que descumprem as regras. O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) poderia estimular e investir mais na produção de métodos alternativos, para que assim, no futuro, o cientista talvez se abdique de seus bichinhos.