Título da redação:

"Amigos da onça"

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 19/10/2015

Observação, hipótese, experimentação e conclusão são etapas fulcrais a serem seguidas na Metodologia Científica, conjunto de passos básicos para a produção de qualquer conhecimento científico. Assim, das etapas do processo de desenvolvimento, a mais importante é a experimentação, onde estudiosos testam suas teorias para, então, desenvolver soluções. Entretanto, dos procedimentos realizados, grande parte são em animais, fragilizando, por fim, ainda mais a tênue linha entre a ética e a moral diante dos atos agressivos aos seus direitos. Por trás de todos os avanços na tecnologia de medicamentos e cosméticos há uma extensa pesquisa e testes para comprovação. Apesar do envolvimento de animais em experimentos científicos apresentarem um repertório nada solidário, tais testes possibilitam comprovações precisas e garantem menores riscos ao inserir produtos diretamente a humanos. Tais procedimentos consistem em manter em cativeiro determinado animal – que contenha semelhança genética com parte do DNA humano – e, após, submetê-lo a cirurgias e contatos com substâncias, para, então, observar as reações e concluir com os benefícios ou malefícios ao “voluntário”. Contraditoriamente, os chamados “testes” e “experimentos” revelam, nesse caso, serem sinônimos de tortura e agressão. Como cobaias, cães, porcos, ratos e coelhos, em alguns casos, recebem cortes, queimaduras ou até vírus e bactérias que induzam algum tipo de doença, criando, portanto, uma simulação ideal para o teste de tratamentos como vacinas, remédios, procedimentos cirúrgicos e terapias. A prática contraria, muitas vezes, a ética diante do direito à vida dos animais, pois tais atrocidades deixam como sequelas não apenas marcas psicológicas, já comprovadas em estudos, mas também físicas, como, por exemplo, hematomas, tumores, aleijamentos e até a morte. Diante da evolução médica, nitidamente, sempre houveram sacrifícios. O emprego de métodos alternativos é um fator de mudança, visto que garantirá maior qualidade de vida aos animais, assim como o igual aperfeiçoamento de técnicas clínicas. Como exemplo, há o uso digital como tecnologia para a busca de possíveis reações a substâncias, assim como o teste de toxinas em tecidos orgânicos, como pele humana oriunda de doações póstumas. Ainda, aliar às pesquisas o tratamento de animais já doentes garante a dignidade das pesquisas frente ao direito à vida, sendo esse o maior objetivo.