Título da redação:

Amai ao próximo como a si mesmo

Proposta: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 14/06/2015

As relações entre seres humanos e os demais animais, sejam elas harmônicas ou não, sempre existiram e certamente continuarão a existir, visto que a vida só é possível graças às interações dos seres vivos. Todavia, infelizmente, abusos são frequentes e fazem-se notórios, principalmente no que tange aos testes realizados em animais. O último caso de repercussão internacional ocorreu no Rio de janeiro, onde várias pessoas invadiram um laboratório de cosméticos que utilizava cães como cobaias e libertaram mais de 170 animais. Com isso, fica a pergunta: invadir uma propriedade privada e furtá-la é justificável tendo em vista o bem estar de seres vivos? Não só é uma ação justificável como também é louvável, uma vez que a vida deve ser preservada em qualquer circunstância. Isso não implica que testes em animais não devem ser feitos, pelo contrário, esses são, infelizmente, essenciais à medicina e à farmacologia, ou seja, as cobaias precisam existir, para que os próprios animais tenham melhores condições de vida. Por contraditório que pareça, o sofrimento de uns pode amenizar o de outros Curiosamente, o primeiro transplante de cabeça da história já ocorreu e muitos não o sabem. Durante a guerra fria, na União Soviética, dois macacos tiveram as cabeças trocadas e, obviamente, morrem logo após a operação. Seria isso uma manifestação do sadismo humano? Não, foi apenas uma tentativa de melhorar a saúde humana e que já está mostrando resultados. Baseados nessa experiência, médicos russos tentarão realizar ainda em 2016 um transplante de cabeça humana para pacientes que possuem doenças degenerativas Logo, infere-se que a ciência pode interferir apenas até os limites da dignidade do animal, o que muitas vezes não tem acontecido. Para reverter isso, é necessário que o governo federal faça fiscalizações regulares nos laboratórios que utilizam animais em testes para garantir a integridade desses seres. É preciso também que alternativas como tecidos e até mesmo órgãos cultivados em laboratórios sejam utilizados com o intuito de diminuir, ou se possível, extinguir o sofrimento das tão necessárias cobaias.