Título da redação:

A ciência e os animais

Proposta: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 13/06/2015

Sabe-se que o avanço científico depende diretamente de experiências empíricas que testam teorias previamente concebidas, conforme prevê o estabelecido método científico. Mas essa realização de experimentos, quando é feita de forma insensata em animais, pode gerar um contrassenso ético que merece ser observado. Ou seja, a ciência não deve agir de forma indiscriminada, sem levar em consideração o direito dos animais. Umas das consequências primárias que o mau uso da ciência pode causar é o desequilíbrio da fauna em nosso ecossistema. Ao manipular a genética de alguns animais para gerar seres com características economicamente viáveis, ocorre consequências danosas ao ambiente que não podem ser previstas. Outro fato a ser analisado é a natureza amoral presente em determinados estudos. Não é possível defender de forma ética um estudo como feito recentemente nos Beagles, onde estes animais eram cruelmente decepados, com o intuito final de fabricar produtos para a industria de cosméticos. Estudos teológicos, por exemplo, defendem a morte do animal quando é para consumo humano. Mas não existe nenhuma corrente filosófica capaz de justificar a crueldade imposta a um animal indefeso. Tendo tudo isso em vista, faz-se necessário adotar medidas que inibam os estudos científicos anti-éticos, que não levam em consideração o bem-estar do animal. O legislativo pode implementar projetos de lei que criminalizem os cientistas que auferem danos aos animais. Além disso, cabe aos consumidores boicotar empresas que tiram lucros oriundos deste tipo de estudo. No final, todos nós somos responsáveis por manter uma sociedade onde haja o respeito aos animais. O avanço científico costuma melhorar a vida humana, mas essa melhora só é ética e sensata se coexistir com o livre arbítrio e bem-estar dos demais seres vivos.