Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 18/01/2019

Após a 2ª Revolução Industrial, as empresas tomaram proporções enormes em suas estruturas, o que complicou a vida de vários administradores. Nesse cenário, a terceirização apareceu como solução, na qual, atividades-meio eram deixadas como responsabilidade de terceiros. No Brasil, a técnica vem sendo utilizada desde a década de noventa. E, apesar de muitos a definirem como um sucateamento de direitos trabalhistas, ela se mostra positiva para o mercado em tempos de crise. Primeiramente, o fato de a empresa delegar funções não essenciais permite que os gerenciadores do negócio se concentrem no que realmente gera lucro para a empresa. Isso é perceptível nos números da Vale do Rio Doce. Após ser privatizada em 1997 e começar a utilizar a terceirização, a multinacional obteve uma valorização de 1.800% até 2010, superou o índice Ibovespa de 120% e passou ilesa pela maior crise da história de 2008. Segundo o CEO da Vale de 2001 a 2011, Roger Agnelli, os diretores conseguiram ver oportunidades únicas devido ao fato de estarem focados apenas em aspectos fundamentais da mineradora. Consequentemente, foram reinvestidos nesse período cerca de 20 bilhões de reais, o que aumentou sua infraestrutura, expandiu o negócio geograficamente e gerou mais emprego e renda nos locais onde atuou. Outro ponto relevante é o custo total para manutenção de serviços auxiliares na empresa. De acordo com dados do Instituto Aço Brasil, uma indústria só consegue contratar metade dos funcionários terceirizados com o mesmo dinheiro investido, caso os empregasse de forma direta. É perceptível, portanto, que a terceirização não precariza os direitos dos trabalhadores. Ao contrário, ela se mostra como solução, já que emprega mais pessoas, mesmo na crise. Logo, mais pessoas têm dinheiro para fomentar o mercado, o que, por sua vez, gera novos empregos e renda no país. É notória, destarte, que a terceirização da mão-de-obra é uma solução factível para crises. É interessante, pois, que o Ministério do Trabalho regulamente a técnica, por meio de estudos realizados por pesquisadores da pasta e os envie ao Congresso Nacional sob forma de Emenda à Consolidação das Leis Trabalhistas. Dessa forma, será possível que os brasileiros consigam emprego em tempos de recessão econômica e impulsionem o desenvolvimento do mercado brasileiro, assim como aconteceu com a Vale.