Em meados do século XX, o governador do Brasil, Getúlio Vargas, criou a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que garantiu uma série de conquistas ao proletariado. Entretanto, hodiernamente, esses direitos foram colocados em xeque com a aprovação da nova lei acerca da terceirização, visto que que os trabalhadores terceirizados possuem piores remunerações e as relações laborais são precarizadas. Em primeira instância, a terceirização favorece a diminuição dos salários. De acordo com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), terceirizados ganham em torno de 30% a menos que os empregados diretos. Nesse contexto, a redução pode ser explicada pela teoria da mais-valia de Karl Marx, na qual afirma que o empregador toma medidas com base na maior obtenção de lucros, assim, contrata terceirizados, que recebem menos. Logo, o poder aquisitivo desses trabalhadores diminui e a economia nacional é prejudicada. Outrossim, os ambientes de trabalho são menos supervisionados e oferecem mais riscos ao proletariado. Sobre esse aspecto, em 2015 ocorreu uma explosão numa base petrolífera no Nordeste do país, deixando mortos e feridos. Como causa da tragédia, foi apontada a terceirização desenfreada, pois ela prejudicou a qualidade da manutenção dos equipamentos e dos treinamentos aos funcionários. Com efeito, a segurança do trabalho é prejudicada. Destarte, a nova lei da terceirização trouxe impasses que necessitam ser mitigados. Dessa forma, cabe aos sindicatos lutarem por mais direitos aos trabalhadores terceirizados, por meio da criação de uma organização que os represente, com o intuito de brigar por melhores salários e condições de trabalho. É imperativo, ainda, que o Ministério do Trabalho garanta a segurança a esses trabalhadores, por meio de visitas periódicas aos seus locais de serviço. Assim, os direitos conquistados na CLT não serão apenas parte da história nacional.