A terceirização da mão-de-obra pode ser considerada uma forma de solução para a crise que enfrentamos atualmente. Porém, para haver um aumento da empregabilidade que favoreça as empresas contratantes diante da crise, deverá ocorrer uma redução dos salários e um aumento na jornada de trabalho, colaborando positivamente apenas para uma parcela da população empresarial que se aproveitará do lucro obtido com a mais-valia de seus operários. Além disso, essa nova forma de contratação se caracteriza apenas por prestações de serviços temporários, não assegurando ao trabalhador a possibilidade de sempre obter um emprego que favoreça suas condições financeiras e atenda às suas necessidades. No início do século XIX, durante o período da Revolução Industrial, surgiram movimentos sociais que solicitaram por meio de uma reivindicação os direitos trabalhistas. Os ludistas quebravam as máquinas em forma de protesto contra o responsável pelo desemprego, bem como as péssimas condições de trabalho a que eram submetidos. A conquista desses direitos fora um processo importante mas que, atualmente, vem sendo contornado, prejudicando a grande quantidade de trabalhadores com a terceirização, sem nenhum suporte de qualidade que garanta planos de saúde e dentre outros benefícios necessários ao trabalhador. Diante disso, o processo de adoção da terceirização não deve retornar às práticas liberais. As causas do desemprego podem ser diminuídos, contudo, de uma forma que respeite os direitos do trabalhador por meio da participação do Governo Federal e dos sindicatos dos trabalhadores para garantir o cumprimento das leis trabalhistas. Em decorrência disso, algumas medidas devem ser tomadas para resolução desse impasse. Análise das cargas horárias devem estar em conjunto com a reformulação dos salários para que não se equipare as condições análogas à escravidão. Por isso, os direitos trabalhistas devem ser claramente definidos por lei, mediante a ordem Legislativa brasileira. Assim como afirma Karl Marx em seu livro, O Manifesto Comunista, a união de todos os operários visando à luta por seus direitos garantirá um avanço na economia abrangendo a todos, e não somente uma parcela da população.