A terceirização vem causando muitos debates, principalmente depois da sua aprovação na Câmara dos deputados. Seu maior emblema é caracterizar essa nova lei como uma medida favorável, ou não, à população brasileira. No entanto, a nossa sociedade divide-se entre: os donos dos meios de produção e os que trabalham para eles. Assim, devemos ter consciência de que a terceirização trará consequências contrapostas: tornando-se prejudiciais ou benéficas dependendo da classe social que atingem. Quando uma empresa contrata outro setor para prestar-lhe serviços, sabemos que já não será responsabilidade da empresa contratante a mão de obra exercida pelos trabalhadores. Assim como ela não se preocupará em fornecer-lhes seus direitos trabalhistas. Tal distanciamento entre o proletariado e seu empregador é prejudicial ao primeiro, afinal quando um trabalhador requere seus direitos, ele tem de ir atrás de uma empresa na qual ele não trabalha na prática e que encontra-se alheia de sua situação trabalhista. No entanto, o dono da empresa contratante gasta menos tempo e dinheiro por não preocupar-se com assuntos burocráticos, aumentando seu lucro. Torna-se claro que a terceirização contém caráter ambíguo: é solução para o patrão e problema para o trabalhador. Na busca por uma sociedade mais igualitária, vemos que a terceirização segue um caminho oposto, sendo, portanto, prejudicial ao avanço da nação brasileira. É imprescindível que o governo reaja a esta nova lei proibindo a aplicação da terceirização tanto no setor público, quanto no privado. Afinal, de nada adianta avançar com a economia do Brasil, se para isso retrocedermos décadas de conquista de direitos trabalhistas.